"Eu sempre respeitei o Inter. Não por achar que o Inter em si era grande coisa. Quando eu o conheci não era mesmo. Mas haviam pessoas que o amam muito. E eu gostava e respeitava essas pessoas.
Nunca fui de largar corneta. E a reciproca sempre foi verdadeira. Simplesmente porque havia o respeito. Mais do que o respeito pela pessoa, o respeito pelo sentimento. Porque assim como eu amo o meu Grêmio, eles amam o outro time.
Respeito este que está em falta. Em tudo. Mas especialmente no futebol. Antes era assim: ou tinha respeito ou era soco na cara. Se tu te expressou mal, te fode. Vai apanhar pra deixar de ser burro.
Mas dai a imprensa inventou a ‘corneta sadia’, a famosa brincadeira sem maldade. Mas pra quem ama, machuca. E muito. Se alguém chamar sua mãe de puta, vai ser foda. E mesmo que diga que é de brincadeira, tu vai sair na porrada.
Então que não me venham com essa merda politicamente correta. Nenhum colorado acha engraçado o Kibiaba, assim como nenhum gremista gosta de falar em Série B. As pessoas choram pelo jogo, as pessoas vivem o jogo. Futebol não é esporte. Futebol é sentimento. Futebol é transpiração social.
Mas como no Brasil tudo pode, e quem diz o que é certo ou errado é a imprensa, então o amor pelo futebol banalizou de vez. Vamos seguir feito um bando de macacos indo atrás da opinião de Wianeys Carlets e Mauricios Saraivas da vida. Vamos banalizando o futebol, assim como tudo no Brasil é banalizado. Política, educação, saúde e transporte. Vamos seguir assim. Cada vez mais politicamente corretos, arrotando opiniões prontas e cagando pra tudo aquilo que não é exatamente o que a gente pensa (ou que foi direcionado a pensar).
Sempre navegando nas águas calmas e tranquilas do oportunismo e da conveniência....."
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